Atenção ao sistema prisional mineiro
30/06/2015
O
sistema prisional mineiro encontra-se em estado de alerta. Muitos são
os problemas que observei em visitas aos presídios. Locais insalubres,
guaritas em péssimas condições, infiltrações e mofos, e até falta de
banheiros para os agentes. Três penitenciárias, acredito estarem em
piores condições, em Paracatu, Arcos e a Antônio Dutra Ladeira, essa
última, não tem condições de receber mais presos.
Chegamos
ao grave problema da superlotação das unidades. Não há investimentos do
Estado para que esse problema seja resolvido. Hoje, temos capacidade
para 32 mil presos, porém estamos operando com 163 mil. Como o Estado
espera que o problema do sistema prisional seja resolvido se nada é
feito para melhorar as condições nas cadeias.
Os
agentes estão trabalhando no limite da sua saúde. O número de pedidos
de atestados só aumenta, as doenças mais comuns são diabetes, coração e
depressão. E o que dizer das condições de trabalho junto aos detentos.
Em alguns locais nem alimentação é fornecida pelo Estado, além de não
haver local para serem feitas as refeições e nem bebedouros.
Não
há equipamentos necessários básicos como algemas e rádios de
comunicação. E como fica a segurança desses agentes que estão
trabalhando, já que os presídios não tem segurança suficiente. Até o
número de agentes não são suficientes, faltam cerca de dois mil agentes e
fora a ameaça de perdermos mais de cinco mil caso a PL 840/2015 não for
aprovada.
O
momento é de atenção para o sistema prisional. Medidas devem ser
tomadas com urgência. É fundamental um sindicato forte para cobrar e
propor políticas de melhoria junto ao governo. Pois a entidade que
representa os agentes tem o papel de lutar e ampliar os diretos, esse é o
nosso papel nessa caminhada.
Adeilton Rocha,
presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais
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