Tiros, gás lacrimogêneo, visitas canceladas, horas intermináveis com as mãos na cabeça, transferência para outros presídios. Em outros tempos, a massa carcerária na Paraíba poderia até obter algum benefício com motins e rebeliões. Mas nos últimos anos, os sinais de mudança são claros. Não adianta forçar a barra. A força da reação está cada vez maior.
Nessa segunda-feira, 27, os detentos do presídio Serrotão, em
Campina Grande, tentaram experimentar se esse novo modelo de gestão prisional
no estado é para valer mesmo. Iniciaram um motim e não obtiveram outra resposta
em troca, senão a lista de efeitos colaterais que inicia este texto.
Um detento foi baleado na cabeça e está em estado grave no
Hospital de Traumas. Como foi encontrada uma arma dentro dos pavilhões, a perícia
da Polícia Civil fará os procedimentos necessários para saber de onde partiu o
disparo.
O motivo do motim seria as já conhecidas insatisfações dos
criminosos reclusos, sempre em busca de um benefício ou outro. Esquecem (ou
querem esquecer) que cumprem pena e exigem um ambiente cada vez ‘melhor’.
Vamos repetir o que dizemos outras vezes por aqui: “o maior
problema do sistema prisional é a superlotação.” Mas esse carma só persiste [também]
porque muitos criminosos insistem em reincidir no crime quando ganham a
liberdade, vão presos novamente e voltam a ocupar aquele espaço de outrora.
Além de voltar a dar prejuízos à sociedade, seja dentro ou
fora da prisão, ainda querem impor vontades que não condizem com a disciplina necessária
no sistema prisional. Aí não tem outra. Como bem disse o secretário Wganer
Dorta, “quem sofre são eles mesmos”.Fonte: Paraíba em Q.A.P
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