quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Revista no sistema prisional passa a ser feita com scanner em Uberlândia/MG


 A revista na Penitenciária Pimenta da Veiga e no Presídio Jacy de Assis, principalmente em mulheres e crianças, passou a ser feita com um novo tipo de equipamento tecnológico usado em aeroportos internacionais.
 Cada um dos locais terá um scanner de corpo inteiro, de baixa radiação, chamado body scan, capaz de identificar quaisquer objetos com densidade diferente à de uma pessoa. Este aparelho substituirá a revista íntima, que usa um espelho e uma cadeira para inspecionar as partes intimas de visitantes e considerada vexatória, segundo o juiz Lourenço Migliorini, da Vara de Execuções Criminais.

 
 O recurso tecnológico foi alugado pelo período de três anos, ao custo de R$ 17 mil por mês. O valor é custeado por uma parceria entre o Conselho de Segurança Pública da 5ª Região em Uberlândia, a Vara de Execuções Penais e a Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds). A instalação e o início da operação do body scan ocorreu na segunda quinzena de novembro. Ontem, uma comitiva com autoridades das áreas social e de segurança esteve em Uberlândia para ver de perto este e outros oito investimentos feitos na área de segurança pública na cidade neste ano (veja mais no quadro nesta página).
 As duas unidades prisionais já tinham, cada uma delas, um scanner de objetos, semelhante a um aparelho de raios-X. Para a mulher de um dos detentos, que visita o marido há dois anos no Presídio Jacy de Assis, os novos equipamentos evitam momentos constrangedores. Ela preferiu não ser identificada. “Já passei muita vergonha. As agentes nem sempre são muito educadas e é sempre muito humilhante”, afirmou a mulher, ontem, enquanto aguardava pela inspeção dos alimentos que levou para o marido.
Segundo o juiz Lourenço Migliorini, os investimentos feitos pela Vara de Execuções Penais fazem parte de demandas viabilizadas a partir das solicitações do Conselho de Segurança Pública. “Eles  levantam as necessidades e depois de estudos fazemos a aplicação desses recursos provenientes do Fundo de Penas Pecuniárias aplicadas como penas aos crimes de menor potencial”, afirmou.
 Para o secretário adjunto da Seds, Rodrigo Teixeira, a tecnologia é o melhor recurso e o principal investimento a ser feito na área de segurança pública. “Esse modelo de time, integrado, que existe em Uberlândia, será levado para todo Estado”, afirmou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários postados pelos leitores deste blog correspondem a opinião e são responsabilidade dos respectivos comentaristas leitores e não correspondem, necessariamente, a opinião do autor do Blog dos Agentes Penitenciários de Juiz de Fora.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.