Setor ainda espera liberação de certames não realizados em 2014
Em época de economia desaquecida, retração na criação de empregos e aumento do risco de demissões, a estabilidade e a remuneração acima da média oferecidas no serviço público são atrativos a mais para disputar um concurso. O ano de 2015 começou com um paradoxo. Apesar de o número de vagas autorizadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ter caído drasticamente (81%) neste início de ano ante igual período de 2014, a expectativa do setor é a de que os concursos esperados para o ano passado – postergados em função das eleições e da Copa do Mundo – saiam do papel, revertendo o quadro e ampliando as oportunidades para quem está com o estudo em dia.
Conforme o Ministério do Planejamento, no ano passado foram autorizados 57 concursos e/ou provimentos entre janeiro e fevereiro (até o dia 19) . No mesmo período deste ano, foram apenas quatro, sendo dois concursos e dois provimentos (ver quadro). Em 2014, foram 4.136 vagas. Este ano, 787 no mesmo período analisado. A pasta não divulgou quantos pedidos estão em análise, mas afirmou que as avaliações levam em conta as prioridades do Governo, as necessidades de contratação de cada órgão e as condições orçamentárias e fiscais.
Questionado pela Tribuna se há alguma orientação ou tendência no sentido de reduzir as aprovações este ano, o Planejamento, por meio de sua assessoria, afirmou que “as autorizações para a realização de concursos e nomeações têm impacto orçamentário e fiscal e, portanto, estão inseridas no contexto de ajustes em curso”. Esta semana, o Governo estipulou limite de gastos, por órgão público, até abril. O objetivo é dar previsibilidade de quanto cada setor pode gastar sem a aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso. A esperada aprovação da proposta orçamentária deve ser concluída pelos parlamentares na próxima semana.
Expectativa
A Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos Públicos (Anpac) calcula em 215 mil as oportunidades a serem abertas este ano nas esferas municipal, estadual e federal, órgãos do Poder Judiciário, Executivo e Legislativo, além de bancos públicos e autarquias. Conforme a Anpac, os concursos em andamento já oferecem aproximadamente 60 mil vagas. A seleção da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, com mais de 13 mil vagas nos níveis médio e superior, foi citada pela entidade. Neste caso, as inscrições estão encerradas.
“Os concursos mais esperados pelos concurseiros estão previstos para 2015″ defende o presidente da Anpac, Marco Antônio Araújo Júnior. Na sua opinião, mesmo com a crise financeira, que deveria representar redução nas contratações, diversos concursos terão de ser abertos para permitir o funcionamento dos órgãos públicos e o atendimento à população. “Temos muitas vagas em aberto e ainda teremos mais. Há inúmeros servidores que estão em fase de aposentadoria”.
Para o presidente, o candidato que está se preparando há mais tempo tem suas chances aumentadas, mas quem pretende começar agora também pode recuperar o tempo perdido. “O candidato que já prestou algum concurso ou vem estudando há mais tempo tem uma chance maior de ser aprovado, obviamente. Entretanto, nunca é tarde para começar a se preparar.”
Identificar a carreira desejada é uma das dicas dadas pela entidade. “Não se escolhe o concurso pelo salário, nem pelo status do cargo. Deve haver uma identificação da atividade que será realizada com o propósito de vida do candidato. A vocação deve falar mais alto na hora de escolher a carreira e prestar o concurso.” Outra recomendação é estudar para uma área e não um concurso específico. “Candidatos que prestam concursos para muitas carreiras ou para carreiras muito distintas acabam perdendo o foco.” Analisar o edital de forma minuciosa é indispensável, assim como estabelecer uma rotina de estudo e segui-la, com disciplina. Cuidar da saúde, mantendo a alimentação equilibrada e o sono em dia são fatores que ajudam na concentração. “É sempre importante que o candidato realize atividades físicas e mantenha sua rotina social. Afastar-se totalmente da família e dos amigos não é indicado.”
Fonte: Tribuna
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