domingo, 14 de junho de 2015

Reunião discute interdição parcial das cadeias de Juiz de Fora


Ceresp Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração) 

Será pedida a retirada dos presos que vieram de Governador Valadares.


Uma reunião na manhã desta sexta-feira (12), em Juiz de Fora, discutiu a situação dos presídios e do Centro Socioeducativo da cidade. Na ocasião, representantes do Ministério Público (MP), da Defensoria, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Pastoral Carcerária decidiram pedir a interdição parcial das cadeias do município. O G1 entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e aguarda retorno.
De acordo com o membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal, deputado estadual Isauro Calais, também será solicitada a retirada dos presos que foram transferidos para a cidade após a rebelião em Governador Valadares.
"Nós vamos fazer esse pedido de interdição parcial do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) e das demais cadeias de Juiz de Fora. Vamos fazer ainda um documento para o governador (de Minas) e para o secretário de Defesa Social, também pedindo a retirada desses presos que vieram de Governador Valadares imediatamente. Nós já temos superlotação no Ceresp, na Ariosvaldo Campos Pires e na Penitenciaária José Edson Cavalieri. Faltam colchões, cobertores, agasalhos, materiais de higiene e, agora, vindo mais 170 presos, nós estamos trazendo para Juiz de Fora uma insegurança para quem trabalha, para os próprios presos e para o povo da cidade. Estamos exigindo a retirada deles e mais estrutura para os muitos detentos que já temos em Juiz de Fora", disse Calais.
Ainda segundo Isauro Calais, essa interdição parcial significa não receber mais detentos de outros municípios. "Não podemos receber esses presos como aconteceu com os da rebelião de Governador Valadares. Senão, daqui a pouco, teremos uma rebelião aqui em Juiz de Fora. E um outro pedido que também vamos fazer é que as cadeias no entorno de Juiz de Fora sejam reativadas para que os presos que são condenados em cidades vizinhas cumpram a pena na própria cidade deles", concluiu.

Fonte: G1

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