segunda-feira, 10 de março de 2014

Agentes penitenciários de SP iniciam greve

Classe reivindica fim do teto base, bônus e bico legalizado.
Ação deve atingir 25 dos 30 presídios da região de Presidente Prudente.

Ynaiê Botelho Do G1 Presidente Prudente

Agentes penitenciários iniciaram paralisação nesta segunda-feira nas unidades prisionais do Oeste Paulista (Foto: Reprodução/TV Fronteira)
Agentes penitenciários iniciaram paralisação nesta
segunda-feira nas unidades prisionais do
Oeste Paulista (Foto: Reprodução/TV Fronteira

A greve dos agentes penitenciários do Estado de São Paulo teve início nesta segunda-feira (10), por volta das 4h. De acordo com o presidente estadual do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, dos 30 presídios da região de Presidente Prudente, 25 devem aderir à paralisação.
Conforme o sindicalista, a categoria reivindica diversos benefícios, entre eles, bônus para os profissionais, correção do auxílio-alimentação, fim do teto base, convocação remunerada durante a realização de blitz, redução das classes de carreira e bico legalizado.

“Também precisamos chamar atenção do Estado sobre a superlotação das unidades prisionais e da falta de trabalhadores. Passamos 2013 inteiro tentando negociar com o governo, que não nos atendeu”, afirma o sindicalista.
Segundo ele, 80% das unidades prisionais do Estado farão parte da paralisação. “Isso inclui a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau  e a Penitenciária de Presidente Bernardes”, diz. No presídio, estão os principais chefes da quadrilha que age dentro e fora dos presídios paulista, como Marco Willians Camacho, o Marcola.
Ainda segundo o sindicato, no Oeste Paulista há também adesão nas penitenciárias de Presidente Prudente, no distrito de Montalvão, Presidente Bernardes e Martinópolis. Agentes também paralisaram os serviços em São José do Rio Preto, Serra Azul e Marília. Uma lista com todas as unidades participantes do movimento deve ser divulgada pelo Sindasp até o final da manhã.
Grandolfo afirma que, durante a greve, apenas serviços essenciais serão realizados. “O recebimento de novos presos, rol de visitas, escolta, transferências, assistência judicial e qualquer tipo de trabalho de pavilhão e de empresas, tudo vai ficar parado”, adianta.
O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) por meio de ligações telefônicas, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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