sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Nota de repúdio (Agentes da CIESP/JF colocados em risco de contaminação hospitalar).

Imagem: ilustrativa 
Fonte: pesquisa Google


 Os Agentes Penitenciários lotados na CIESP/JF estão correndo um risco ainda maior de serem contaminados durante a guarda e custodia de presos internados no Hospital de Pronto Socorro de Juiz de Fora (HPS).
 Por decisão da coordenação da Central Integrada de Escoltas do Sistema Prisional de Juiz de Fora, foram retiradas as camas de um pequeno espaço utilizado como alojamento e vestiário pelos servidores prisionais que exercem suas atividades de escolta naquele hospital, agora os Agentes têm que trocar suas roupas ou até mesmo descansar em colchões acondicionados ao chão do hospital. Vale ressaltar que as mobilhas são patrimoniadas do Governo do Estado, e foram montadas para dar uma melhor condição de trabalho para os Agentes durante uma intensa jornada de 12 horas de trabalho em um ambiente hospitalar insalubre.
 Diante dessa decisão, foram feitas várias tentativas para revogação desta arbitrária ordem de retirada dos móveis, no qual foi autorizada a permanência pelo Diretor de Segurança Externa da SUAPI, mas não acatada pela coordenação da CIESP/JF.

Ainda foi constatada falta de equipamentos de proteção individual como luvas, máscaras de proteção, sabonetes antissépticos e álcool para desinfecção.

Fábio Carlos Gomes
Diretor Estadual do SINDASP-MG subsede Juiz de Fora.



* Entenda mais sobre KPC, a superbactéria.



 A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) , a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.

A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre em ambiente hospitalar, através do contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.

Sintomas
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.

Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a presença da bactéria em material retirado do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos os hospitais estão suficientemente aparelhados para realizar esse exame.

Prevenção
A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
Lavar as mãos com bastante água e sabão e desinfetá-las com álcool em gel são medidas de extrema eficácia para evitar a propagação das bactérias. Esses recursos devem ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes, como pelas visitas.
Outras formas de prevenir a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.

Tratamento
Existem poucas classes de antibióticos que se mostram efetivas para o tratamento das infecções hospitalares pela bactéria KPC. Daí, a importância dos cuidados com a prevenção.

Recomendações
Lave as mãos com frequência, especialmente antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes;
* Só tome antibióticos se forem prescritos sob orientação médica;
* Saiba que a maioria das infecções respiratórias não é causada por bactérias, mas, sim, por vírus sobre os quais os antibióticos não exercem nenhum efeito;
* Mantenha as visitas afastadas dos pacientes infectados;
* Higienize as mãos com álcool gel, sempre que possível;
* Esteja atento à nova regulamentação da Anvisa sobre o uso dos antibióticos;
*Procure reduzir ao mínimo necessário as visitas e consultas nos hospitais.



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