quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Após punição, goleiro Bruno perde 113 dias de redução de pena

Ele já acumulava 341 dias; decisão judicial reduz desconto na pena total.

Pedro Triginelli  

Condenação tira goleiro Bruno do Boa Esporte. (Foto: Renata Caldeira / TJMG)
Bruno durante julgamento em Contagem, na Grande BH
(Foto: Renata Caldeira / TJMG)
 
Um decisão da Justiça de Minas Gerais manteve, nesta quarta-feira (22), a punição que tira um terço dos dias ganhos pelo goleiro Bruno Fernandes de trabalho na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em abril do ano passado, ele se envolveu em confusões no presídio, o que foi entendido pela Justiça como "falta grave". Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, devido o trabalho na prisão, o goleiro já acumulava 341 dias que poderiam ser reduzidos da pena total, mas, após ter recurso negado, perdeu 113 dias.

Em março de 2013, ele foi condenado a 22 anos três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio. Segundo a legislação, a cada três dias de trabalho, a pena do preso é reduzida em um. Cabe recurso da decisão.


Em setembro de 2013, a Vara de Execuções Criminais de Contagem tinha decidido que Bruno perderia um terço dos dias trabalhados e que a data para que o goleiro passasse ao regime semiaberto fosse alterada de 22 de janeiro de 2020 para 24 de agosto do mesmo ano. Na decisão desta quarta-feira (22), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a data para contagem da progressão de pena. Com isso, Bruno volta a poder cumprir a pena em regime semiaberto a partir do dia 22 de janeiro de 2020.

"A lei não prevê, como efeito do reconhecimento da falta grave, a alteração da data-base para a obtenção da progressão de regime", disse na decisão o desembargador Doorgal Andrada.

À época da primeira decisão, o goleiro recorreu. Ele foi punido por falta grave em abril de 2013 depois de ameçar dois detentos e um agente penitenciário.

O advogado de Bruno, Francisco Simim, disse que ainda vai analisar a decisão. "Nós vamos avaliar primeiro porque temos ainda a terceira instância para recorrer. Vamos ver o que é mais propício, mais favorável para o meu cliente", disse.


Fonte: G1 MG

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