terça-feira, 1 de setembro de 2015

Agentes penitenciários são ameaçados de morte e sindicato reage



 O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais (Sindasp/MG), Adeilton Rocha, confirma que acompanha de perto o caso dos trabalhadores do Ceresp em Ipatinga e considera grave a situação. No fim de semana, um novo vídeo gravado no interior de uma das celas e que circula desde então por aplicativos de telefones celulares, presos cantam uma música “papo reto” em que afirmam que não vão atacar creches nem as pessoas nas ruas. Em determinado trecho, reiteram:
“Nosso problema é com o Estado. Podem ficar tranquilos moradores da cidade. Vamos queimar buzão e matar, isso é verdade, os agentes e os polícias”.
Em outra parte, a mensagem cita nominalmente cinco agentes marcados para morrer, entre eles, o diretor afastado, Alexandre Rabelo. 
O dirigente do Sindasp afirmou ao Diário do Aço, nesta segunda-feira, que as ameaças já eram esperadas. “Temos plena ciência que a superlotação do sistema prisional resulta em situações como esta. Estamos em contato constante com o governo alertando e cobrando ações para os diversos problemas do sistema”, observa Adeilton Rocha.
Ele explica que em todo o estado o déficit é de mais de dois mil agentes. “Temos um concurso iniciado em 2013 andando a passos de tartaruga e, em contrapartida, a população carcerária aumentando vertiginosamente”, alerta.
Entre os vários problemas estruturais, o dirigente do Sindasp explica que muitos agentes estão sem poder portar armas por falta de treinamento exigido aos agentes efetivos. Para piorar a situação, a Polícia Federal está barrando o registro e compra de arma pelos agentes penitenciários, acrescenta o dirigente sindical.
Adeilton também afirma que as ameaças à vida dos agentes penitenciários são constantes e, depois de inúmeras reuniões e ofícios infrutíferos com o governo estadual, os agentes fizeram duas mobilizações, somente no mês de agosto, para chamar a atenção das autoridades. “No caso de Ipatinga, o sindicato vai acionar também o Ministério Público, como foi feito em Uberlândia e Uberaba, onde uma agente foi assassinada. Neste momento, precisamos de união da categoria", concluiu.


Fonte: Diário do Aço

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