quinta-feira, 27 de junho de 2013

Servidores do Estado protestam na MG-353

Por Tribuna
Manifestação ocorreu na manhã desta quarta

Aproximadamente 30 representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado de Minas Gerais (Sind-saúde) fizeram um protesto na Avenida Juiz de Fora, que dá acesso à MG-353, próximo ao Hospital João Penido na manhã desta quarta-feira (26). O ato deixou o trânsito lento na região entre 9h30 e 10h30. Apesar da ameaça de fechamento da pista, duas viaturas da Polícia Militar (PM) e uma da Polícia Militar Rodoviária controlaram o tráfego na região, que funcionou no sistema de "pare e siga", sempre com meia pista em funcionamento. Houve retenção no trânsito, mas os motoristas demonstraram apoio à causa dos manifestantes.
Com apitos e gritos de ordem como "Da Copa eu abro mão, eu quero é dinheiro para saúde e educação", os manifestantes reforçaram o coro para a redução da carga horária dos profissionais de saúde de Minas Gerais - de 40 horas para 30 horas semanais - , conforme acordo de greve realizado no ano passado. Também reclamaram da precariedade das condições de trabalho em toda rede de hospitais em Minas Gerais. "Fizemos um protesto de alerta para mostrar ao Governo que precisamos de melhorias. Caso não aconteça a negociação, podemos entrar em greve", afirmou o delegado da base de Juiz de Fora do Sind-Saúde, Valtecir Oliveira.
Os servidores também reclamaram da reforma do novo estatuto da classe, que, na visão do Sind-Saúde, retira direitos fundamentais da categoria. "O estatuto que está sendo votado na Assembleia Legislativa deixa obscuro o direto de falta abonada para as mães que acompanham os filhos em consultas médicas. Também acreditamos que o novo documento dificulta o direito de defesa do servidor em caso de processo administrativo", destaca Valtecir de Oliveira.
Especificamente sobre o Hospital João Penido, funcionários e usuários da unidade hospitalar denunciaram a falta de materiais descartáveis, como cateteres e medicamentos. A dona de casa Sueli Guedes, 51anos, se uniu aos servidores para protestar contra as atuais condições do hospital. "Minha 'mãe de coração' está internada e teve dificuldades lá. Pegou uma infecção, e eu tive que comprar remédio para ela. Isto é um absurdo", questiona.
O diretor-geral do João Penido, Márcio Itaboray, reconhece a ausência ocasional de medicamentos e materiais descartáveis. Mas, ele destaca que esse problema é oriundo da lentidão dos processos de licitação. "Precisamos de uma agilidade maior para a compra de materiais descartáveis e medicamentos. Lidamos com vidas, precisamos de cortar essa burocracia. Esse é um problema não só do João Penido, mas de todos os hospitais públicos", argumenta. A assessoria da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais foi procurada, mas como o dia foi de ponto facultativo no funcionalismo público na capital, a Tribuna não conseguiu contato com o órgão. A Superintendência Regional de Saúde (SRS) em Juiz de Fora foi procurada, mas não respondeu às solicitações.

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