sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vendedor é suspeito de pagar R$ 2.500 a matador


Por Tribuna

Um vendedor de 29 anos foi preso pela Delegacia Especializada em Homicídio suspeito de ser o mandante do assassinato da atendente de telemarketing Andressa Aparecida Minervino Hauck, 26, ocorrido no último dia 30, no distrito de Paula Lima, na Zona Rural. Ele teria contratado um homem para executar o crime pela quantia de R$ 2.500. O vendedor foi capturado, no início da noite de quinta-feira, no Bairro Recanto dos Lagos, na Zona Nordeste, depois que as investigações apontaram o paradeiro dele. A prisão ocorreu menos de 36 horas após o homicídio. O delegado à frente do caso, Rogério Woyame, solicitou à Justiça a prisão temporária do suspeito, válida por 30 dias. O vendedor foi conduzido para o Ceresp. O executor do crime, conforme a polícia, já foi identificado, mas ainda não foi localizado pela equipe.
O inquérito apontou que o suspeito preso teria feito contatos com a vítima por meio das redes sociais, em outubro de 2012. No notebook dele, que foi apreendido, os policiais encontraram conversas entre o vendedor e a atendente. Em seu depoimento na delegacia, ele negou participação no crime.
Em abril de 2013, sabendo que Andressa iria trabalhar numa empresa de telemarketing, ele teria ingressado no mesmo local. Para comprovar a suspeita, a polícia ouviu diversas testemunhas no Bairro Paula Lima, que confirmaram que o vendedor, por diversas ocasiões, ameaçou a vítima e sua família, inclusive tendo ameaçado o marido dela. Para fazer a ameaças, o vendedor iria até o local usando um veículo Golf, preto, de propriedade da noiva dele, ou a própria motocicleta CG 150 de cor vermelha.
A polícia constatou que o suspeito vinha acompanhando toda a rotina de Andressa, inclusive pela internet. Em abril, ela registrou um boletim de ocorrência contra ele, alegando perturbação, uma vez que o suspeito estaria indo até a casa dela, fazendo ameaças. Conforme a Polícia Civil, esse registro não resultou em investigação na época, porque a vítima precisava ter representado contra o suspeito oficialmente na delegacia, o que não foi realizado.
A atendente de telemarketing foi assassinada com quatro tiros ao desembarcar de um ônibus e seguir a pé para casa. Um homem de bicicleta teria atirado seis vezes contra ela. Familiares ainda tentaram socorrer a vítima, mas ela já teria chegado morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. O homicídio chocou moradores da localidade considerada pacata e revoltou parentes e amigos de Andressa, que não teria tido chance de se defender.

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