Da Redação
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- O agente penitenciário tem que ser valorizado à altura do que lhe é cobrado - ressaltou.
Ao comentar a atuação desses profissionais nos presídios, que estão superlotados, Deise frisou que "não é possível conceber" que um único agente cuide de 100 ou 150 pessoas. Nessas condições, observou, os profissionais não têm como desempenhar sua função.
A representante do governo no debate lembrou ainda que, em muitos casos, presos e agentes penitenciários convivem em prisões que são como "pocilgas".
- O preso, o agente penitenciário e o diretor do presídio têm a mesma dignidade. Todos têm que ser valorizados, pois assim é possível fazer prevalecer os direitos humanos - argumentou.
Modelo esgotado
Deise também reiterou que o sistema prisional é um modelo esgotado,
no qual a pessoa é presa, reincide no crime e não sai desse círculo
vicioso. Por isso, alertou ela, é preciso avaliar quais são as medidas
alternativas em relação à prisão.- Que modelo de sociedade nós queremos em relação à repreensão ao ato delitivo criminal? - questionou.
Deise Benedito também questionou a presunção de que os presos são violentos. Para ela, essas pessoas não agem violentamente quando são tratadas com respeito e em situação de igualdade, em vez de subalternidade.
- Visitei presídios em que os presos são obrigados a colocar as mãos para trás e não podem olhar para seus chamados superiores - contou.
Mídia
Outra questão abordada por Deise foi a influência dos meios de
comunicação. Ela afirmou que a Justiça muitas vezes é pressionada a
atender uma demanda midiática. Segundo ela, é comum um caso ganhar
tamanha proporção em jornais e telejornais, que quem faz o julgamento
não é o juiz, mas a mídia.- Há bons profissionais na mídia. Mas há maus profissionais que vivem da audiência e incitam à violência. Dizem: "Tem que bater! Tem que matar". É preciso cuidado com o que se fala e como se fala.
Agência Senado
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