sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Inquérito finalizado em Viçosa

Junior está preso provisoriamente no Presídio de Viçosa.

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou Renato Ferreira da Silva Junior, 33, por “lesão corporal e ameças reiteradas durante um ano”, crimes cometido contra a namorada, uma doutoranda de veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de 29 anos. Na tarde desta sexta-feira (7), o delegado José Donizetti Teixeira da Delegacia de Polícia Civil de Viçosa, na Zona da Mata, finalizou o inquérito e o encaminhou a Justiça.

“São lesões corporais e ameaças que ocorreram quase diariamente, desde março de 2013 até 27 de janeiro de 2014”, explicou Teixeira. Junior está detido no Presídio de Viçosa preventivamente e, até o momento, não apresentou nenhum advogado.
Mesmo com o encerramento das investigações do caso, a polícia ainda continuará a averiguar a vida de Junior, já que a polícia desconfia da forma como ele ganhava dinheiro para o sustento.
“Ele não contou nada sobre o que fazia no Rio de Janeiro. Disse que é fotógrafo freelancer, que ganhava dinheiro com isso, mas a gente não acredita, porque ele tem coisas caras, como um notebook no valor de R$ 9 mil e uma máquina fotográfica de R$ 10 mil, além de terem morado em um prédio caro na cidade”, afirmou Teixeira.
Junior ainda teria dito que quando não conseguia trabalho como freelancer, fazia “bicos” no porto do Rio de Janeiro, carregando caixas de abacaxi, e que tinha vergonha de contar isso para a namorada.
Alguns moradores de Viçosa procuraram a polícia por terem conhecido Junior e relataram que ele dizia ser um oficial da Marinha, no Rio de janeiro, e que era mulçumano.
 
Depoimento

Durante depoimento, na manhã dessa quarta-feira (5), Renato Ferreira da Silva Junior, de 33 anos, confessou que agredia sua namorada, uma aluna doutoranda em veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de 29 anos, por ciúmes. Por cerca de três horas, ele foi ouvido na Delegacia de Polícia Civil de Viçosa, na Zona da Mata, pelo delegado José Donizetti Teixeira, responsável pelas investigações.
Junior teria revelado que a queda da estudante de uma janela do apartamento deles no 10º andar - ela caiu numa varanda no andar de baixo - foi, na verdade, uma tentativa de fuga da mulher, já que ele estava batendo nela. As outras vezes que ela tentou fugir, segundo ele, também foram em momentos em que ele a estava agredido.
As imagens das câmeras de segurança instaladas em todo edifício que registraram o movimento suspeito do casal serão entregues à perícia nesta quinta-feira (6). Ainda conforme as investigações, a doutoranda tinha uma tatuagem com o nome do Renato, que a batia com um cinto quase que diariamente. Dominada por ele, ela pedia ate para ir ao banheiro e perdeu o contrato com os familiares. 
A reitoria da universidade afirma não ter informações de que o suspeito assistia aulas com a vítima. Já a presença dele no campus era permitida, pois, segundo a faculdade, não há como controlar a entrada das pessoas por se tratar de um local público.
Renato teve a prisão preventiva decretada por 30 dias, mas pode ser solto a qualquer momento. Ele é réu primário, apesar de ter passagem na policia por violência no Rio de Janeiro, mas o fato dele não ter endereço nem trabalho fixo dificultam o pedido de liberdade provisória.
 
Novos depoimentos

Na tarde desta quarta, o delegado Teixeira ouviu novas testemunhas, entre vizinhos, o porteiro e o zelador do prédio em que o casal vivia. "Eles confirmaram detalhes das agressões, disseram sempre ouvir brigas constantemente. Um detalhe interessante foi que eles relataram ter ouvido o suspeito bater inclusive no cachorrinho do casal", afirmou o delegado.
Caso ele seja condenado e se enquadre na Lei nº 11.340, conhecida como Maria da Penha, Junior pode ficar preso de 3 meses a 3 anos.

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