Presos como o Ferrugem da Galoucura trabalham e ganham salário
Com quatro presos por cela e um sabonete por semana para cada um, o
Complexo Penitenciário Público-Privado de Ribeirão das Neves, na região
metropolitana de Belo Horizonte, que completou um ano de funcionamento
ontem, apresenta-se como o “sonho” dos presidiários. Enquanto muitos
presídios de Minas não possuem a estrutura ideal, o complexo tem cerca
de 100 vagas extras vazias para necessidades de emergência.
As duas unidades em funcionamento respeitam a capacidade máxima de 672
presos cada. Quando o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) foi
inaugurado no início do ano passado, a promessa do governo era de que as
cinco unidades estariam prontas até o fim de 2013. No total, serão
criadas 3.360 vagas, mas por enquanto há 1.344.
Nesse modelo, cada um dos presos custa ao Estado R$ 2.800 por mês,
incluindo os custos da construção dos pavilhões. No sistema público, os
presidiários custam entre R$ 1.700 e R$ 2.300 – sem contar a construção.
Para o subsecretário de administração prisional, Murilo Andrade, o
custo-benefício compensa os gastos. “Temos um parceiro responsável pela
ressocialização do preso e manutenção da unidade, e o Estado só entra
com a segurança prisional e fiscalização”, explicou. Andrade acredita
que ainda é cedo para saber se esse modelo será expandido.
Falhas como a fuga de um presidiário em novembro último estão sendo
corrigidas nesse primeiro ano de manutenção, conforme informação dos
responsáveis pelo complexo.
Promessas
Tecnologias. O
complexo deve instalar em fevereiro o equipamento para revista (Body
Scan). O bloqueador de celular também deve entrar em funcionamento na
segunda unidade em março.
Fonte: O Tempo
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