sábado, 18 de maio de 2013

Polícia retoma Delegacia de Homicídios

Também já está reestruturada a delegacia de combate ao tráfico

Por Michele Meireles

A Polícia Civil de Juiz de Fora voltou a contar com duas delegacias especializadas, uma para apurar os crimes de homicídios consumados e tentados e outra para o combate ao tráfico de entorpecentes. O retorno ao antigo modelo significa a tentativa de frear a escalada da violência no município, que já registrou, desde janeiro, 59 mortes violentas, número que representa 60% dos casos ocorridos em 2012 (99 assassinatos), segundo levantamento feito pela Tribuna. O anúncio das novas delegacias foi realizado, no mês passado, durante a visita do superintendente de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais, Jeferson Botelho Pereira, à sede da 4ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no Bairro Nova Era, na Zona Norte, e confirmado pelo secretário estadual de Defesa Social, Rômulo Ferraz, que esteve na cidade no último dia 10.
A expectativa é de que as especializadas agilizem as investigações, garantindo uma resposta mais rápida à sociedade. O delegado Rogério Couto de Magalhães Woyame, remanejado do plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, assume a Homicídios. Já a Delegacia de Investigação e Repressão Antidrogas fica sob a responsabilidade do delegado Carlos Eduardo Rodrigues, hoje titular da 6ª Delegacia Distrital responsável pelos crimes ocorridos na Zona Sudeste da cidade.
Diante do quadro atual de déficit de pessoal, foi necessário remanejar investigadores e escrivães de outras delegacias para a estruturação das duas especialidades. A expectativa é de que novos escrivães que serão formados este mês na Academia de Polícia (Acadepol), em Belo Horizonte, sejam destinados para Juiz de Fora para suprir a carência. Com relação aos investigadores, o quadro só será recomposto se houver concurso público para o cargo.
Para a criação da especializada em Homicídios, o Núcleo de Ações Operacionais (Naop) foi extinto, e os policiais deslocados para apurar os crimes contra a vida. Mas conforme a assessoria de comunicação da Polícia Civil, se necessário, a equipe poderá investigar outros crimes, acumulando funções.
Já os policiais da 6ª Delegacia Distrital passarão a reprimir o tráfico de entorpecentes em toda cidade e atuar também nos crimes violentos contra o patrimônio. Para a 6ª Delegacia, porém, será destinada uma nova equipe de profissionais, ainda não definida, que será comandada pelo delegado Leonardo Bueno.
Reestruturação
Além do retorno das delegacia especializadas, toda a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, com sede em Santa Terezinha, passa por reformulações. A então titular do Naop, Sheila Oliveira, passa a responder pela Delegacia de Trânsito. A 2ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações de crimes na Cidade Alta, terá como titular a delegada Ângela Fellet. A 3ª Delegacia, que cuida da Zona Norte, perde o delegado Armando Avolli, que irá responder pela 5ª Delegacia, ficando apenas com o delegado Rodolfo Rolli. O delegado regional, Paulo Sérgio Xavier Virtuoso, preferiu não comentar as mudanças e disse que só irá se pronunciar quando os remanejamentos estiverem concluídos.

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