segunda-feira, 4 de março de 2013

Greve dos ônibus começa no primeiro minuto desta terça

Motoristas e trocadores querem coletivos nas garagens. PM vai acompanhar movimentação

Por Tribuna


Os motoristas e trocadores de Juiz de Fora entram em greve a partir do primeiro minuto desta terça-feira (05), em protesto contra a falta de avanço nas negociações salariais. Apesar de a greve ser um direito constitucional, o transporte coletivo é um serviço essencial. A Lei 7.783/89 - que dispõe sobre o exercício do direito de greve - exige que, nesse caso, seja garantida a prestação dos "serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade". Na falta de previsão legal de um percentual mínimo de oferta do serviço, 30% tornou-se uma praxe, a partir de jurisprudência sobre o assunto.
Apesar da orientação do setor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro) sobre a garantia deste percentual, a categoria admite não ter controle de quantos ônibus estarão nas ruas. "Se o motorista julgar que vai correr risco nas ruas, não podemos obrigá-lo a sair (da garagem). O percentual de veículo que vai rodar depende da vontade do motorista e do cobrador", justifica o diretor de atividades especiais do Sinttro, Rogério Ribeiro da Silveira. A expectativa dele é que a adesão chegue a 90% dos 3.600 trabalhadores do ramo na cidade.
Rogério explica que o movimento ficará restrito às garagens. Durante a madrugada, dirigentes sindicais vão para a porta das principais viações, visando a persuadir motoristas e trocadores a não levarem os ônibus às ruas. O diretor assegurou que não haverá operação "Tartaruga", tráfego de ônibus em velocidade reduzida pelas ruas. "Isso prejudicaria a população, nossa intenção não é essa." Conforme estimativa do Sinttro, o número de usuários chega a sete milhões por mês na cidade.
Por meio de sua assessoria, a Astransp afirmou que "se dependesse dela, colocaria 100% da frota na rua". A entidade ressaltou a necessidade de 30% de oferta mínima, mas afirmou que o cumprimento depende do sindicato, que seria responsável por isso.
A 4ª Região da Polícia Militar, por meio de sua assessoria de comunicação organizacional, afirma que a polícia estará acompanhando a movimentação, a exemplo do que tem sido feito desde a primeira manifestação e está atenta aos rumos da greve.

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