Polícia investiga participação de agentes e delegado em fuga de preso

A Polícia Civil está investigando se dois agentes e um delegado foram imprudentes ou se facilitaram a fuga de Clayton Ferreira da Silva, de 21 anos que, algemado, pulou de uma viatura da corporação em movimento, na noite do dia 2 de setembro em Vespasiano, na região Metropolitana. Na ocasião, ele estava sendo transferido da delegacia para a penitenciária da cidade, após ser preso em flagrante por tráfico de drogas.
Após ficar 19 dias foragido, Clayton foi localizado pela polícia em Maiquinique, na Bahia, na última sexta-feira (21). O delegado responsável pelo caso, Daniel Guimarães Rocha, disse que em depoimento, o rapaz negou ter pagado propina aos policiais para escapar, mas revelou que durante a sua prisão, policiais militares tentaram o extorquir em R$ 3 mil, em troca de sua liberdade e que  teria sido agredido. No entanto, na data da sua prisão, ele passou por exame de corpo de delito que não detectou qualquer violência. A Polícia Militar informou que vai abrir um procedimento interno para apurar a denúncia contra os militares.
O delegado informou ainda que os policiais  e o delegado foram transferidos, estão afastados das funções  e podem ser submetidos a um curso de reciclagem. Ele acredita que houve negligência, já que, a segurança do transporte do preso não foi verificada corretamente.
A fuga
Clayton havia sido preso pela Polícia Militar no bairro Vale Formoso, por tráfico de drogas, e foi levado até a delegacia da cidade. O delegado de plantão autorizou a sua transferência para o presídio e o jovem foi colocado no porta-malas de uma viatura da civil, pois, esta não tinha o compartimento usado para transporte de presos.
Dois investigadores acompanhavam o suspeito, e quando passavam em uma estrada de terra rumo ao presídio, o policial que dirigia o Fiat Uno, diminuiu a velocidade. Neste momento, Cleyton, que estava algemado, pulou da viatura e entrou em um matagal as margens da via. Os policiais não conseguiram detê-lo e voltaram para a delegacia. Na época, a assessoria da Polícia Civil informou que os agentes possuem vasta experiência, com 19 e 20 anos de profissão respectivamente, e que após perícia, foi constatado que a trava do porta-malas da viatura estava estragada, o que facilitou a fuga do suspeito.

Fonte: Hoje em Dia
Imagem: Google
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