Maurício de Souza
"Neguinho" contou, com riqueza de detalhes, como cometeu o crime
O homem acusado de ter matado Sérgio, identificado como Alexandre
Ângelo de Oliveira, 28 anos, o "Neguinho", reconstituiu todos os lances
do crime e não se contradisse em nenhum momento.
A reconstituição dos momentos em que Alexandre Ângelo matou o primo do
goleiro Bruno provocou grande curiosidade popular, por causa do grande
aparato de viaturas e de policiais armados com metralhadoras e fuzis. A
polícia manteve a imprensa à distância, dificultando o trabalho dos
jornalistas, que não conseguiram falar com o homicida confesso e sua
amante, a cozinheira Denilza Cezário da Silva, 30 anos. Segundo
informações que constam no inquérito, a mulher seria a "pivô" do crime.
Ela disse em depoimento que teria sido assediada por Sérgio Rosa,
quando ia para o trabalho, e que contou para o amante sobre a
insistência do homem em tentar conquistá-la sexualmente. Por isto, para
livrar a amante desse suposto assédio, Alexandre seguiu a mulher no dia
do crime e viu quando ela foi cercada, no meio da rua. Neste momento, já
com um revólver calibre 38 na mão direita, ele se aproximou e passou a
perseguir Sérgio até alcançá-lo na rua Medeiros, onde fez os primeiros
disparos.
No local, o autor do crime mostrou como atirou e apontou, com
segurança, os lugares onde ficaram as marcas dos tiros no muro de uma
casa. O assassino confesso fez quatro disparos e Sérgio chegou a ser
baleado, mas conseguiu correr para tentar escapar da morte.
A partir dali, Alexandre Ângelo mostrou como perseguiu Sérgio Rosa até
chegar na Rua Aracitaba, onde a vítima caiu em um beco e não teve como
escapar. O primo de Bruno foi fuzilado à queima-roupa e morreu ao ser
baleado. O inquérito já está no fim e será remetido para a Justiça
quando for liberado o laudo pericial da reconstituição.
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