Maurício de Souza
reconstituição do assassinato de Sérgio Rosa Sales
"Neguinho" contou, com riqueza de detalhes, como cometeu o crime

A Polícia Civil reconstituiu o assassinato de Sérgio Rosa Sales, primo do ex-goleiro Bruno, na manhã desta quarta-feira (5). Durante cinco horas, os policiais fizeram levantamentos nos bairros Aarão Reis, Providência e Minaslândia, na região Nordeste de Belo Horizonte. A vítima, que era conhecida como "Camelo", foi executada no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia.
O homem acusado de ter matado Sérgio, identificado como Alexandre Ângelo de Oliveira, 28 anos, o "Neguinho", reconstituiu todos os lances do crime e não se contradisse em nenhum momento. 
 
A reconstituição dos momentos em que Alexandre Ângelo matou o primo do goleiro Bruno provocou grande curiosidade popular, por causa do grande aparato de viaturas e de policiais armados com metralhadoras e fuzis. A polícia manteve a imprensa à distância, dificultando o trabalho dos jornalistas, que não conseguiram falar com o homicida confesso e sua amante, a cozinheira Denilza Cezário da Silva, 30 anos. Segundo informações que constam no inquérito, a mulher seria a "pivô" do crime. 
 
Ela disse em depoimento que teria sido assediada por Sérgio Rosa, quando ia para o trabalho, e que contou para o amante sobre a insistência do homem em tentar conquistá-la sexualmente. Por isto, para livrar a amante desse suposto assédio, Alexandre seguiu a mulher no dia do crime e viu quando ela foi cercada, no meio da rua. Neste momento, já com um revólver calibre 38 na mão direita, ele se aproximou e passou a perseguir Sérgio até alcançá-lo na rua Medeiros, onde fez os primeiros disparos.
 
No local, o autor do crime mostrou como atirou e apontou, com segurança, os lugares onde ficaram as marcas dos tiros no muro de uma casa. O assassino confesso fez quatro disparos e Sérgio chegou a ser baleado, mas conseguiu correr para tentar escapar da morte. 
 
A partir dali, Alexandre Ângelo mostrou como perseguiu Sérgio Rosa até chegar na Rua Aracitaba, onde a vítima caiu em um beco e não teve como escapar. O primo de Bruno foi fuzilado à queima-roupa e morreu ao ser baleado. O inquérito já está no fim e será remetido para a Justiça quando for liberado o laudo pericial da reconstituição.


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