Flagrante aconteceu no local de trabalho. Outro suposto envolvido no esquema também foi preso
Por Tribuna
Um porteiro de 34 anos foi flagrado com um tablete de mais de 1kg de maconha na mochila, na noite de terça-feira, quando trabalhava no PAM-Marechal, no Centro. Ele já era investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil por suspeita de fornecer drogas para um laboratório de refino estourado no dia 5 de outubro no Bairro Floresta, Zona Sudeste. Outro homem, 40, vizinho do porteiro na Travessa Carneiro da Silva, na Vila Olavo Costa, também foi preso durante a investida policial de terça. Ele é apontado como o "guarda-roupa" do suspeito, pessoa que armazena entorpecentes para outra. Na casa dele, foram apreendidos 2kg de pasta base de cocaína, que poderiam render até cinco vez mais, uma barra de 1kg de crack, quatro porções de maconha e um tablete, somando cerca de 750g, uma porção de crack e outra de cocaína e balança de precisão. Na ação, ainda foram recolhidos dois celulares e R$ 220.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Carlos Eduardo Santos Rodrigues, o porteiro é suspeito de vender drogas no atacado e de marcar entregas inclusive em seu local de trabalho. Uma motocicleta Yamaha XT 660R, que seria utilizada por ele no transporte de entorpecentes, também foi apreendida. "Já tínhamos a placa da moto e, depois da apreensão no Floresta, passamos a acreditar que ele fosse o fornecedor do laboratório de refino. Como ele não é tão novo e trabalhava uniformizado, não levantava suspeita." O titular da 6ª Delegacia acredita que o tablete encontrado com o homem seria repassado na mesma noite da prisão. Ele também destacou a característica dos entorpecentes, principalmente da pasta base. "Parece que a droga tem alta teor de pureza. Vamos encaminhar para a perícia." Os dois homens presos na operação foram autuados por tráfico e associação para o mesmo crime e encaminhados ao Ceresp.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Recursos Humanos informou que o porteiro que trabalhava no PAM-Marechal é funcionário terceirizado de uma empresa que presta serviço à Prefeitura. Ainda segundo a pasta, o caso foi de conduta individual, e as providências cabíveis referentes ao contrato do homem estão à cargo da empresa.
Laboratório
Quando o laboratório de refino de drogas foi desmontado no Floresta, foram recolhidas mais de 2.500 pedras de crack, parte já pronta para a venda, além de 200 papelotes de cocaína e quase 1kg da mesma droga e de maconha. Também foram encontrados na casa, aproximadamente, 20 cartelas de comprimidos anestésicos, utilizados na mistura dos entorpecentes, além de três munições, dois celulares e vasto material para preparo e embalagem das substâncias. Na ocasião, dois homens, 32 e 42, que estariam manuseando as drogas no momento da abordagem policial, foram presos em flagrante. Um terceiro suspeito conseguiu fugir por um matagal e não foi encontrado.
Fonte: Tribuna de Minas
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