Com
choro e muitos abraços. Foi assim que o ex-policial Marcos Aparecido
dos Santos, o Bola, comemorou a absolvição da acusação que o apontava
como o assassino do carcereiro Rogério Martins Novello, em 2000. O
julgamento, realizado no Fórum de Contagem, na região metropolitana de
Belo Horizonte, durante três dias, durou mais de 36 horas e contou com o
depoimento de seis testemunhas. O promotor do Ministério Público de
Minas Gerais (MPMG) Henry Vasconcelos, responsável pela acusação, irá
recorrer da decisão.
Durante a leitura de sentença, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues informou que dos sete jurados, quatro votaram pela absolvição e dois, pela condenação. O último voto não foi aberto pela juíza, uma vez que a maioria já havia sido conquistada.
O último dia do julgamento foi marcado pelo embate entre defesa e promotoria. O primeiro a falar foi Vasconcelos, que durante cerca de 90 minutos tentou desconstruir o argumento da defesa de que Bola, exímio atirador, não erraria os disparos e não escolheria uma pistola 765 para matar Novello.
"O que os defensores querem é desconstruir os fatos. A 765 é uma arma usada para matar. O réu é um dissimulado, também no caso Eliza Samudio. Se ele sempre acertasse os tiros, não precisaria treinar", disse o promotor ao júri.
Em seguida, também por 90 minutos, a defesa insistiu que o processo não tinha provas de acusação contra Bola e que, se ele fosse condenado, seria devido à opinião da mídia. "Condenem o Marcos Aparecido por 30 anos, por causa de um delegado que diz que ele é um expert em matar ou para saciar a vontade da mídia que criou nele um vilão", afirmou ao júri um dos advogados do ex-policial, Ércio Quaresma.
Depois, defesa e acusação tiveram mais uma hora de réplica e tréplica.
Repercussão. Para um dos advogados de Bola, Zanone Manuel de Oliveira, a absolvição mostrou uma independência do Poder Judiciário. "Falei para o júri o quanto estava equivocada a opinião pública, que condena Marcos Aparecido sem provas, e que eles não poderiam se influenciar por isso", disse.
Ao comentar a sentença, familiares disseram estar aliviados com a decisão da juíza e que sempre esperaram pela absolvição.
Durante a leitura de sentença, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues informou que dos sete jurados, quatro votaram pela absolvição e dois, pela condenação. O último voto não foi aberto pela juíza, uma vez que a maioria já havia sido conquistada.
O último dia do julgamento foi marcado pelo embate entre defesa e promotoria. O primeiro a falar foi Vasconcelos, que durante cerca de 90 minutos tentou desconstruir o argumento da defesa de que Bola, exímio atirador, não erraria os disparos e não escolheria uma pistola 765 para matar Novello.
"O que os defensores querem é desconstruir os fatos. A 765 é uma arma usada para matar. O réu é um dissimulado, também no caso Eliza Samudio. Se ele sempre acertasse os tiros, não precisaria treinar", disse o promotor ao júri.
Em seguida, também por 90 minutos, a defesa insistiu que o processo não tinha provas de acusação contra Bola e que, se ele fosse condenado, seria devido à opinião da mídia. "Condenem o Marcos Aparecido por 30 anos, por causa de um delegado que diz que ele é um expert em matar ou para saciar a vontade da mídia que criou nele um vilão", afirmou ao júri um dos advogados do ex-policial, Ércio Quaresma.
Depois, defesa e acusação tiveram mais uma hora de réplica e tréplica.
Repercussão. Para um dos advogados de Bola, Zanone Manuel de Oliveira, a absolvição mostrou uma independência do Poder Judiciário. "Falei para o júri o quanto estava equivocada a opinião pública, que condena Marcos Aparecido sem provas, e que eles não poderiam se influenciar por isso", disse.
Ao comentar a sentença, familiares disseram estar aliviados com a decisão da juíza e que sempre esperaram pela absolvição.
Fonte: O Tempo
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