Bola é acusado de um homicídio ocorrido no ano de 2000
Pelo o que tudo indica o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, acusado de matar um carcereiro há 12 anos na cidade de Contagem,
na Grande BH, será adiado mais uma vez. Desta vez, a defesa de Bola,
pediu o adiamento do júri popular, que era para ter começado às 9h desta
segunda-feira (5), por alegar que os trâmites legais do processo não
foram cumpridos. De acordo com o advogado do acusado, Fernando Costa
Oliveira Magalhães, mil folhas foram anexadas ao processo no dia 26 de
outubro e esse acréscimo só foi comunicado à defesa no dia 31, o que vai
de encontro com a lei. Conforme o artigo 429, a defesa tem direito a
ter acesso às mudanças no processo até três dias antes do julgamento, o
que não ocorreu.A defesa de Bola também chegou a pedir a suspensão da juíza Marixa Rodrigues sob o argumento de que ela estaria levando o julgamento para o lado pessoal ao comparar os advogados de defesa com os mensaleiros. O pedido foi negado e a defesa de Marcos Aparecido dos Santos recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A juíza Marixa Rodrigues sorteou, na manhã desta segunda-feira, os sete jurados que participaram do possível julgamento. Porém, a magistrada informou que só vai decidir se o julgamento acontecerá nesta segnda-feira (5) durante a tarde, por volta das 15h30.
Entenda o caso
Bola, o principal acusado de executar e desaparecer com o corpo da ex-namorada do goleiro Bruno, Eliza Samudio, também é suspeito de matar um carcereiro em maio de 2000. A vítima, Rogério Martins Novelo, foi assassinada na porta de uma empresa da família dele, em Contagem, na Grande BH.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Marcos Aparecido dos Santos foi apontado como o assassino de Rogério Martins Novelo pela irmã do carcereiro. A mulher teria testemunhado o crime e reconheceu o acusado depois que ele ganhou destaque como um dos protagonistas do caso Bruno.
No dia 24 de outubro deste ano, o julgamento de Bola foi adiado devido à ausência de Fernando Costa Oliveira Magalhães. Para a juíza Marixa Rodrigues, o não comparecimento do advogado foi entendido como uma manobra. “Uma manobra de má fé”, disse a magistrada. Com isso, a juíza determinou multa de 30 salário mínimos - o equivalente a R$ 18.660 - ao advogado. A magistrada também solicitou que a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apurasse a falta do representante do acusado e que as medidas punitivas cabíveis fossem tomadas.
Atualizada às 14:33
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários postados pelos leitores deste blog correspondem a opinião e são responsabilidade dos respectivos comentaristas leitores e não correspondem, necessariamente, a opinião do autor do Blog dos Agentes Penitenciários de Juiz de Fora.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.