quarta-feira, 3 de abril de 2013

6º D.D TERROR DA BANDIDAGEM

Quatro pessoas foram presas na noite de terça-feira. Grupo teria ligação com traficantes da Bolívia

Por Tribuna


Uma lanchonete que servia de fachada para a venda de drogas, no Bairro São Pedro, Cidade Alta, foi desmantelada, na noite desta terça-feira (2), por policiais da 6ª Delegacia de Polícia Civil. Quatro pessoas, entre elas uma estudante do 3º período de direito, foram presas em flagrante. No imóvel, localizado na Rua Oreste Fabiano Alves, foram apreendidos 300g de pasta base de cocaína, no valor de R$ 3 mil; 12 papelotes de uma substância derivada da cocaína, conhecida como "escama de peixe", que seria mais pura e com poder de provocar efeitos mais rápidos; e 310 ampolas de anabolizantes, orçadas em R$ 13 mil, provenientes do Paraguai. Durante a ação, os investigadores recolheram também R$ 1.006, uma motocicleta Honda/NX4 Falcon, um veículo Celta e um Fiesta.
A quadrilha que atuava na lanchonete estava sendo investigada há cerca de um mês. De acordo com o delegado que comandou a ação, Carlos Eduardo Rodrigues, o local funcionava para a venda de entorpecente no atacado e varejo, atendendo compradores de todas as regiões de Juiz de Fora. "A venda de droga era maquiada pela venda de alimentos", disse o policial. Ainda conforme ele, a investigação apreendeu celulares dos envolvidos nos quais foram encontradas mensagens dando indícios de que o esquema teria ligações com traficantes da Bolívia, de onde a droga estaria sendo transportada. "Nas mensagens, vimos que a negociação era tratada com alguém de uma cidade perto da fronteira. Geralmente, esses contatos são feitos com traficantes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que conhecem a rota da droga no Brasil", disse Carlos Eduardo.
Anabolizantes
A respeito dos anabolizantes, o policial afirmou que não é comum encontrar uma quantidade como a que foi recolhida apenas com uma única pessoa, no caso o dono da lanchonete, que já havia sido preso pela Polícia Civil, em 2010, também por tráfico de entorpecente. Destacou também que cada ampola, cuja comercialização é proibida no país, era vendida por cerca de R$ 10 e R$ 15 de forma clandestina. O proprietário do bar, 24 anos, sua companheira, 20, e um funcionário, 21, tiveram suas prisões confirmadas pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Já um comerciante, 23, proprietário de um bar perto da lanchonete, foi preso por colaborar com informações para o tráfico. Como apontou a investigação, ele participava do esquema indicando para o usuário o local onde a droga podia ser adquirida com facilidade. Os homens foram encaminhados para o Ceresp, e a estudante para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires.
Todas as informações colhidas pela Polícia Civil durante a investigação e nos depoimentos dos envolvidos, segundo Carlos Eduardo, serão também encaminhadas para os órgãos competentes que apuram crimes de tráfico de drogas internacional. "Uma das mensagens informava que a cocaína vinda da Bolívia passava por dois intermediários até chegar a Juiz de Fora", acrescentou o delegado, ressaltando que o inquérito também irá apurar para quem essa droga apreendida era vendida.

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