A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) recebeu ontem, por meio do projeto Cinturão Rodoviário, 90 viaturas e kits de segurança que incluem fuzis, coletes à prova de bala, bafômetros e lanternas. O investimento é de R$ 10 milhões. "Os crimes mais violentos chegam ao Estado pelas ligações das rodovias, principalmente de Minas com o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás", afirma o coordenador do projeto e chefe da logística e tecnologia da Polícia Militar, tenente-coronel Cesar Ricardo Guimarães.
O tráfico de drogas, por exemplo, tem início no Paraguai, entra no Brasil pelo Paraná, passa por Ribeirão Preto (SP) e chega a Minas Gerais por cidades do Sul e do Triângulo Mineiro, principalmente Uberaba e Uberlândia. As armas também entram pelo Sul do Estado, provenientes do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Ainda de acordo com Guimarães, por Goiás e Bahia vêm assaltantes que praticam roubos de cargas no Triângulo Mineiro e assaltos a bancos no Norte de Minas, onde também é frequente o crime de tráfico de animais.
Outros Estados. Além de São Paulo, Rio e Goiás, integram o projeto as cidades que estão nas divisas com a Bahia, o Espírito Santo e o Mato Grosso do Sul. "O intuito é barrar a criminalidade ainda nas rodovias, antes que ela cheguem às cidades", diz Guimarães.
A partir da próxima segunda-feira, haverá um treinamento da PMRv para capacitar os agentes a agir contra esses crimes. A previsão é que em meados de novembro as viaturas adquiridas já estejam em circulação pelas estradas estaduais e federais delegadas ao Estado para participar de blitze.
A segunda etapa do projeto pretende alcançar a região metropolitana da capital, mas não há previsão de quando isso vai acontecer. Para o cientista político Flávio Soares, o reforço é importante e pode reduzir a criminalidade. "Muitas vezes, faltam equipamentos para a polícia barrar esses crimes já nas rodovias".
Fonte: O Tempo
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