quarta-feira, 31 de outubro de 2012

De olho na fronteira, polícia irá reforçar o patrulhamento



As cidades mineiras que fazem divisa com seis Estados preocupam as autoridades em segurança pública por terem se tornado portas de entrada da criminalidade em Minas. Nessas regiões, ocorrências de roubo de cargas, assalto a bancos, tráficos de drogas, de armas e de animais se tornaram recorrentes. Para tentar contê-las, o governo de Minas irá reforçar o policiamento em 64 municípios.

A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) recebeu ontem, por meio do projeto Cinturão Rodoviário, 90 viaturas e kits de segurança que incluem fuzis, coletes à prova de bala, bafômetros e lanternas. O investimento é de R$ 10 milhões. "Os crimes mais violentos chegam ao Estado pelas ligações das rodovias, principalmente de Minas com o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás", afirma o coordenador do projeto e chefe da logística e tecnologia da Polícia Militar, tenente-coronel Cesar Ricardo Guimarães.

O tráfico de drogas, por exemplo, tem início no Paraguai, entra no Brasil pelo Paraná, passa por Ribeirão Preto (SP) e chega a Minas Gerais por cidades do Sul e do Triângulo Mineiro, principalmente Uberaba e Uberlândia. As armas também entram pelo Sul do Estado, provenientes do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Ainda de acordo com Guimarães, por Goiás e Bahia vêm assaltantes que praticam roubos de cargas no Triângulo Mineiro e assaltos a bancos no Norte de Minas, onde também é frequente o crime de tráfico de animais.

Outros Estados. Além de São Paulo, Rio e Goiás, integram o projeto as cidades que estão nas divisas com a Bahia, o Espírito Santo e o Mato Grosso do Sul. "O intuito é barrar a criminalidade ainda nas rodovias, antes que ela cheguem às cidades", diz Guimarães.

A partir da próxima segunda-feira, haverá um treinamento da PMRv para capacitar os agentes a agir contra esses crimes. A previsão é que em meados de novembro as viaturas adquiridas já estejam em circulação pelas estradas estaduais e federais delegadas ao Estado para participar de blitze.

A segunda etapa do projeto pretende alcançar a região metropolitana da capital, mas não há previsão de quando isso vai acontecer. Para o cientista político Flávio Soares, o reforço é importante e pode reduzir a criminalidade. "Muitas vezes, faltam equipamentos para a polícia barrar esses crimes já nas rodovias".
Fonte: O Tempo



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