UFJF quer adiar Lei de Cotas e implantar 50% já em 2013
Dirigentes esperam publicação de decreto para se adequarem
A
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) quer negociar, com o
governo federal, o adiamento da implantação da Lei de Cotas - sancionada
no último 29 de agosto pela presidente Dilma Rousseff. Na semana
passada, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reiterou que não
vai estender o prazo e que todas as instituições federais de ensino
superior do país deverão aplicar a lei a partir do próximo vestibular.
A Lei de Cotas prevê, já para este ano, a reserva de 12,5% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Até 2016, essa reserva deverá chegar a 50%. Nos próximos dias, deve ser publicado um decreto com a regulamentação da lei. As instituições aguardam a publicação para se adequarem.
Mas, segundo o pró-reitor de graduação da UFJF, Eduardo Magrone, a mudança, já neste ano, irá causar muitos transtornos. "Já se criou um cultura em torno da região da Zona da Mata mineira, e os candidatos estão se preparando há mais de um ano. Pensamos em negociar com o governo federal a possibilidade de não aplicarmos a lei agora e obedecermos em 100% no próximo ano", sugeriu ele.
Hoje, em Brasília, reitores de universidades federais de todo o país participarão de uma reunião da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir a aplicação da nova lei e a autonomia universitária.
O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina Diniz, afirma que a instituição não enfrentará nenhum problema para cumprir a meta de reserva para este ano. "Um sistema de política social já é adotado pela universidade há quatro anos, por meio dos bônus na nota do vestibular para alunos com o perfil da lei. Por isso, mais de 40% dos nossos alunos são oriundos de escola pública e estamos muito além do mínimo exigido", diz o reitor ressaltando que outras adaptações só serão feitas após a divulgação do decreto.
Dúvidas. A reportagem ouviu dirigentes de oito das 11 universidades federais em Minas. Atrasos no processo seletivo, prejuízos para alunos e entidades e dúvidas em relação à aplicação da lei são as maiores preocupações apontadas por reitores e representantes dessas instituições.
O que mais preocupa Adilson Pereira dos Santos, pró-reitor-adjunto de Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), são os mecanismos que deverão ser adotados, sob o ponto de vista operacional, para a verificação, por exemplo da renda ou raça do aluno.
Na Universidade Federal de Lavras (Ufla), 53% dos alunos são oriundos de escolas públicas. "Vamos fazer as correções nos editais que haviam sido publicados, mas o que mais nos preocupa é se teremos um aporte de recursos do governo federal para garantirmos a permanência dos alunos, principalmente, daquele grupo com renda de até um salário mínimo e meio. Cerca de 1.200 alunos já recebem bolsas de apoio. Estamos no limite", explica José Roberto Scolforo, reitor da Ufla.
A Lei de Cotas prevê, já para este ano, a reserva de 12,5% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Até 2016, essa reserva deverá chegar a 50%. Nos próximos dias, deve ser publicado um decreto com a regulamentação da lei. As instituições aguardam a publicação para se adequarem.
Mas, segundo o pró-reitor de graduação da UFJF, Eduardo Magrone, a mudança, já neste ano, irá causar muitos transtornos. "Já se criou um cultura em torno da região da Zona da Mata mineira, e os candidatos estão se preparando há mais de um ano. Pensamos em negociar com o governo federal a possibilidade de não aplicarmos a lei agora e obedecermos em 100% no próximo ano", sugeriu ele.
Hoje, em Brasília, reitores de universidades federais de todo o país participarão de uma reunião da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir a aplicação da nova lei e a autonomia universitária.
O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina Diniz, afirma que a instituição não enfrentará nenhum problema para cumprir a meta de reserva para este ano. "Um sistema de política social já é adotado pela universidade há quatro anos, por meio dos bônus na nota do vestibular para alunos com o perfil da lei. Por isso, mais de 40% dos nossos alunos são oriundos de escola pública e estamos muito além do mínimo exigido", diz o reitor ressaltando que outras adaptações só serão feitas após a divulgação do decreto.
Dúvidas. A reportagem ouviu dirigentes de oito das 11 universidades federais em Minas. Atrasos no processo seletivo, prejuízos para alunos e entidades e dúvidas em relação à aplicação da lei são as maiores preocupações apontadas por reitores e representantes dessas instituições.
O que mais preocupa Adilson Pereira dos Santos, pró-reitor-adjunto de Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), são os mecanismos que deverão ser adotados, sob o ponto de vista operacional, para a verificação, por exemplo da renda ou raça do aluno.
Na Universidade Federal de Lavras (Ufla), 53% dos alunos são oriundos de escolas públicas. "Vamos fazer as correções nos editais que haviam sido publicados, mas o que mais nos preocupa é se teremos um aporte de recursos do governo federal para garantirmos a permanência dos alunos, principalmente, daquele grupo com renda de até um salário mínimo e meio. Cerca de 1.200 alunos já recebem bolsas de apoio. Estamos no limite", explica José Roberto Scolforo, reitor da Ufla.
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