Paralisação de agentes é contra suspensão de uso de arma fora de serviço.
Sem visitas nesta quarta, mulheres protestaram na entrada da Papuda.
Presidente
do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Leandro Vieira, conversa com
mulheres de detentos nesta quarta-feira. Elas não puderam entrar no
complexo penitenciário. (Foto: Willian Farias/ G1)
Os agentes ocupam postos de trabalho, mas decidiram em assembleia na
tarde desta terça interromper 70% dos serviços na penitenciária. Entre
eles estão visitas, recebimento de advogados e escolta judiciária.De acordo com o presidente do sindicato dos agentes penitenciários, Leandro Vieira, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e porte de armas fora do horário de serviço.
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Portaria assinada pela Secretaria de Segurança e publicada no Diário Oficial do DF na sexta-feira (5) veta o uso de armas de fogo
por agentes penitenciários fora do horário de expediente. Com a medida,
agentes ficam impedidos de usar o equipamento pertencente à secretaria
quando não estiverem em serviço.O secretário Sandro Avelar disse que não concorda com a medida que retira o porte de armas dos agentes, mas cumpre uma determinação legal. "Pessoalmente, acho a demanda dos agentes justa. Porém, fui notificado pelo Ministério Público algumas vezes e tenho de fazer valer o estado legalista."
O subsecretário do Sistema Penitenciário afirmou ainda que, caso haja abandono de postos, o governo vai iniciar a operação Guardiã. Essa operação deve colocar bombeiros, policiais civis e policiais militares para fazer o trabalho dos agentes penitenciários.
Tumulto
Cerca de mil mulheres, segundo a polícia, fizeram uma manifestação em frente à Papuda depois que agentes penitenciários informaram que não haveria visita de detentos na manhã desta quarta. As mulheres chegaram a queimar parte da vegetação próximo ao local, como forma de protesto.
Algumas manifestantes chegaram a atear fogo
em partes da vegetação (Foto: Willian Farias/ G1)
"Eles não se preocuparam em avisar para ninguém que hoje [quarta-feira]
não teria visita. Isso é para usar a gente como massa de manobra, para
chamar atenção", disse Márcia Silveira Gomes, esposa de um detento.em partes da vegetação (Foto: Willian Farias/ G1)
O presidente do sindicato dos agentes penitenciários conta que informou a secretaria sobre a possibilidade da interrupção de visitas. O subsecretário do Sistema Penitenciário nega que tenha sido informado sobre a paralisação do serviço.
As mulheres que estavam no local relataram que viram fumaça e escutaram tiros dentro do complexo penitenciário. A Polícia Militar informou que não houve nenhum incidente dentro da Papuda e que a situação estava sob controle.
De acordo com o presidente do sindicato, cerca de 700 agentes faziam a segurança dentro do presídio. Além disso, 200 policiais militares monitoravam o local.
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