domingo, 27 de janeiro de 2013

Presa advogada acusada de intermediar morte de agente prisional

Prisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (25), em Tubarão, no Sul.
Advogada é acusada de intermediar ação entre mandantes e executores.

Janara Nicoletti Do G1 SC

Deise era agente prisional em São José (Foto: Reprodução/RBS TV) 
 
Deise era agente prisional em São José
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Foi presa, em Tubarão, no Sul catarinense, na manhã desta sexta-feira (25), a advogada acusada de ser a intermediária entre mandantes e executores da morte da agente penitenciária Deise Alves. Fernanda Fleck Freitas foi detida por equipes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), e depois conduzida para Florianópolis.
A operação cumpriu um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Segundo a acusação, a advogada tinha livre acesso à Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e transmitia informações dos quatro mandantes, que estavam presos, para os quatro executores do crime. Todos foram denunciados pelo MPSC.
Um dos quatro promotores responsáveis pela acusação, que preferiu não divulgar o nome, informou que a advogada não defendia nenhum preso no local.  "Ela não tinha o que fazer na penitenciária", afirmou. As provas coletadas indicam que, no dia da morte, a advogada falou com os quatro mandantes. De acordo com a promotoria, todos fazem parte da liderança de uma facção criminosa. "Nós vamos acompanhar o desfecho do processo. O delegado vai ouvir a acusada e nós iremos tentar esclarecer os fatos, reforçar provas e adquirir outras evidências", destacou o promotor público, que prefere se manter no anonimato por segurança.

Segundo a ação, assinada pela Promotoria de Justiça da área criminal da Comarca de São José, os chefes de uma facção criminosa estavam descontentes com a limitação de regalias impostas pelo diretor da penitenciária, Carlos Antônio Gonçalves Alves. Por isso, decidiram pela morte do administrador da unidade prisional, que é marido da vítima. Na hora do crime, a agente foi atingida por engano.

Deise foi morta no dia 26 de outubro, quando chegava em casa, no bairro Roçado, em São José. Por volta das 22h, um carro parou em frente à residência e os bandidos atiraram de dentro do veículo. Ela conseguiu revidar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o MPSC, das nove pessoas acusadas de envolvimento no crime, apenas uma continua foragida. Rafael de Brito, conhecido como Shrek, é um dos executores e está com mandado de prisão em aberto.

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