sábado, 23 de fevereiro de 2013

Visitas são retomadas na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem

DÉCIO AMORIM / GABRIELA SALES / VINÍCIUS D'OLIVEIRA

Após rebelião que durou 31 horas, os detentos da Penitenciária Nelson Hungria, situada no bairro Nova Contagem, no município de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, voltaram a receber visitas.   Segundo a a Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI), a liberação da entrada de grávidas está normalizada, desde a manhã deste sábado (23).

Todas as 90 celas do Pavilhão 1, onde os detentos rebelados do Complexo Penitenciário Nelson Hungria estavam detidos, foram  inspecionadas durante todo o final da tarde e noite dessa sexta-feira (22). A estrutura física foi checada, assim como objetos pessoais dos detentos, como televisões e rádios, foram abertos para busca de materiais ilícitos. Os presos, durante a transferência para o Pavilhão 2, também passaram por revistas.
Foram encontrados seis celulares, 18 chips, oito baterias de telefones celulares, 25 barras de ferro retiradas da estrutura do ala durante a rebelião, quatro fones de ouvido e uma réplica de arma feita com sabão e um marmitex.

Rebelião

Detentos rebelados na penitenciária Nelson Hungria libertaram na tarde de sexta-feira (22) a professora e o agente penitenciário que eram mantidos reféns dentro da unidade prisional. A confirmação foi dada por militares do Batalhão de Choque e do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE). O motim durou 31 horas até a conquista da libertação dos detentos.

Conforme informações do Batalhão de Choque, os presos aceitaram o acordo feito em ata e assinado pelos representantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e advogados dos rebelados.

Ainda de acordo com os militares, a arma usada para manter os reféns em cárcere era de brinquedo.

Entre os pedidos feitos pelos rebelados detentos estão a não transferência de presos após o fim do motim, a liberação da visita de grávidas, a aceleração da revisão de penas e ainda serem tratados pelos nomes e não por números dentro da unidade prisional pelos agentes penitenciários.

Após serem soltos, Eliana da Silva Zeferino, de 48 anos e Renato André de Paula Siqueira, receberam atendimento médico ainda na unidade prisional. Após atendimento, as vítimas saíram da cadeia dentro de uma ambulância de resgate do Corpo de Bombeiros.

Durante entrevista coletiva, o susbsecretário de Administração Prisional (Suapi), Murilo Andrade disse que o motim estava sendo liderado por quatro detentos do pavilhão 1. No local haviam 102 presos. Ainda segundo o subsecretário, para o fim da rebelião, o Comitê Gestor de Crise acordou os pedidos feitos pelos presos, em destaque está a integridade física dos presos e a investigação sobre a conduta do diretor da unidade prisional.

Após a soltura dos reféns, os militares do Batalhão de Choque, agentes penitenciários e militares do GATE realizaram a transferência dos detentos para o pavilhão 2.

Em nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que a rebelião havia terminado às 15h após reunião realizada entre o Comité Gestor de Crise e representantes dos detentos que aceitaram as mudanças dentro da Nelson Hungria.

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