Por Ricardo Miranda
"Não venho para dividir, ao contrário, minha proposta é somar"
O deputado estadual Lafayette Andrada
(PSDB) lançou ontem seu nome como pré-candidato à Prefeitura de Juiz de
Fora. Ele deve protocolar no diretório local do partido, na próxima
segunda-feira, pedido para realização de prévia. "Vinha sendo instado a
colocar meu nome como alternativa e aceitei o desafio." Seu provável
adversário na disputa interna da legenda será o prefeito Custódio Mattos
(PSDB), que pretende buscar a reeleição. "Tenho respeito e apreço pelo
Custódio, mas possuo credenciais para apresentar meu nome. Não venho
para dividir, ao contrário, minha proposta é somar. Caberá ao partido
escolher quem será o candidato." Lafayette considera sua pré-candidatura
como opção para o eleitor juiz-forano favorável à manutenção da
parceria com o Governo de Minas, mas descontente com a atual gestão. "A
parceira (com o estado) trouxe muitos investimentos para o município e
precisa ser mantida. Como tenho relação muito boa com o governador
Antonio Anastasia (PSDB) e com o senador Aécio Neves (PSDB),
apresentou-me como outra possibilidade para manter essa parceria."
O risco de uma nova cisão no PSDB de Juiz de Fora, que ainda conseguiu fazer Custódio e o deputado federal Marcus Pestana (PSDB) falarem a mesma língua, foi rechaçado prontamente por Lafayette. Na sua avaliação, os tucanos têm maturidade para promover uma consulta interna e saírem unidos em torno do vencedor. "Acabamos de ver isso acontecer em São Paulo, com o (ex) governador José Serra (PSDB), uma das figuras mais ilustres do partido, participando e vencendo a prévia para a Prefeitura de São Paulo." Quanto à viabilidade de seu nome, o deputado afirma que é possível crescer com alguns dias de campanha e alcançar patamares semelhantes aos dos pré-candidatos estreantes na disputa. "O governador Anastasia é muito bem avaliado aqui em todos os levantamentos. Isso mostra que há espaço para uma candidatura nova do PSDB."
Se a proposta de prévia avançar, Lafayette não terá vida fácil na disputa interna. Assim como na eleição municipal propriamente dita, também no sufrágio interno o peso da máquina é considerável. Suas chances crescem caso consiga arrastar para seu lado integrantes do grupo de Pestana e mesmo do secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge Marques (ex-PSDB e atual PPS). Passando pela peneira tucana, ele conta a seu favor com a chapa de candidatos a vereador do PTC, considerada uma das mais robustas do processo sucessório. Outro trunfo seria o fato de que sua eleição implicaria na posse como deputado estadual do vereador Rodrigo Mattos (PSDB). O herdeiro de Custódio seria beneficiado por estar hoje na primeira suplência do partido na Assembleia.
Além da concorrência explicitada agora por Lafayette, integrantes do primeiro escalão consideram que Custódio, já algum tempo, enfrenta uma movimentação de correligionários nos bastidores em torno de outras candidaturas consideradas alternativas à sua proposta de reeleição. Nesse sentido, a proximidade do deputado federal Júlio Delgado (PSB) e do deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB) com o Palácio Tiradentes é apontada como fundamento para toda espécie de especulação. Ainda assim, sempre que esteve em Juiz de Fora, como na última quinta-feira, o governador procurou deixar claro o propósito de a atual administração ter prosseguimento. Já o próprio prefeito quando questionado quanto à possibilidade de ter seu nome trocado por uma alternativa alheia ao PSDB, preferiu ponderar em relação à sua história no partido para assegurar que seria respeitado na sua decisão.
O risco de uma nova cisão no PSDB de Juiz de Fora, que ainda conseguiu fazer Custódio e o deputado federal Marcus Pestana (PSDB) falarem a mesma língua, foi rechaçado prontamente por Lafayette. Na sua avaliação, os tucanos têm maturidade para promover uma consulta interna e saírem unidos em torno do vencedor. "Acabamos de ver isso acontecer em São Paulo, com o (ex) governador José Serra (PSDB), uma das figuras mais ilustres do partido, participando e vencendo a prévia para a Prefeitura de São Paulo." Quanto à viabilidade de seu nome, o deputado afirma que é possível crescer com alguns dias de campanha e alcançar patamares semelhantes aos dos pré-candidatos estreantes na disputa. "O governador Anastasia é muito bem avaliado aqui em todos os levantamentos. Isso mostra que há espaço para uma candidatura nova do PSDB."
Se a proposta de prévia avançar, Lafayette não terá vida fácil na disputa interna. Assim como na eleição municipal propriamente dita, também no sufrágio interno o peso da máquina é considerável. Suas chances crescem caso consiga arrastar para seu lado integrantes do grupo de Pestana e mesmo do secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge Marques (ex-PSDB e atual PPS). Passando pela peneira tucana, ele conta a seu favor com a chapa de candidatos a vereador do PTC, considerada uma das mais robustas do processo sucessório. Outro trunfo seria o fato de que sua eleição implicaria na posse como deputado estadual do vereador Rodrigo Mattos (PSDB). O herdeiro de Custódio seria beneficiado por estar hoje na primeira suplência do partido na Assembleia.
Além da concorrência explicitada agora por Lafayette, integrantes do primeiro escalão consideram que Custódio, já algum tempo, enfrenta uma movimentação de correligionários nos bastidores em torno de outras candidaturas consideradas alternativas à sua proposta de reeleição. Nesse sentido, a proximidade do deputado federal Júlio Delgado (PSB) e do deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB) com o Palácio Tiradentes é apontada como fundamento para toda espécie de especulação. Ainda assim, sempre que esteve em Juiz de Fora, como na última quinta-feira, o governador procurou deixar claro o propósito de a atual administração ter prosseguimento. Já o próprio prefeito quando questionado quanto à possibilidade de ter seu nome trocado por uma alternativa alheia ao PSDB, preferiu ponderar em relação à sua história no partido para assegurar que seria respeitado na sua decisão.
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FONTE: TRIBUNA DE MINAS
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