quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ficha Limpa para os servidores estaduais Relatório sobre proposta de emenda à Constituição foi liberada ontem para votação com pedido para aprovação

Por Tribuna
Minas Gerais está mais perto de proibir quem tiver "ficha suja" na Justiça de assumir quaisquer cargos públicos em nível estadual, sejam comissionados ou concursados, o que significa que nenhum servidor pode ter sido condenado por órgão colegiado. Isso porque está pronto para ser votado pela comissão especial instituída na Assembleia Legislativa o relatório do deputado Bruno Siqueira (PMDB) pedindo a provação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2012 que amplia o alcance da Lei da Ficha Limpa no estado.
A PEC altera o artigo 21 da Constituição estadual, "vedando a investidura e a nomeação, para funções ocupadas por agentes públicos, de pessoas inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da lei complementar federal 135, de 2008", conhecida como Lei da Ficha Limpa.
O objetivo do projeto, assinado por um terço dos parlamentares, é estender os efeitos dessa legislação para a investidura e a nomeação a qualquer cargo da administração pública estadual, o que inclui as três esferas de poder - Executivo, Judiciário e Legislativo -, além do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público Estadual (MPE) e da Defensoria Pública.
De acordo com o relatório do peemedebista, que é autor da Lei da Ficha Limpa aplicada em Juiz de Fora, a proposição "pode ser compreendida, a um só tempo, como objetivação do requisito da 'boa conduta', no sentido de afastar julgamentos subjetivos de valor nessa seara e garantir a efetividade do princípio da isonomia, e como generalização do critério da 'ficha limpa' enquanto requisito para o ingresso na administração pública estadual".
Bruno argumenta, ainda, que a PEC "faz tão somente reforçar uma condição ao ingresso no serviço público, não afetando de qualquer modo o regime disciplinar ou de responsabilidade do servidor que já se encontra em exercício em cargo, emprego ou função". Apesar disso, ele defende que, mesmo em relação a concursados que já estão em exercício, deve prevalecer a exigência da ficha limpa em caso de cargos em comissão e funções de confiança, como funções de direção, chefia e assessoramento.
Segundo o deputado, a presidência da comissão especial já foi comunicada sobre o encerramento do relatório e uma reunião para votar o texto e o projeto substitutivo deve ser convocada nos próximos duas. Depois, a PEC segue para votação em plenário.

Fonte: Tribuna de Minas

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