110kg de maconha foram apreendidos na cidade. Entre os cinco traficantes presos, três vieram de SP, Rio e MS
Por Marcos Araújo
A Polícia Federal (PF) fez a maior
apreensão de maconha de 2012 e investiga a possibilidade de Juiz de Fora
integrar a rota de grandes carregamentos de entorpecente do país, com
envolvimento de traficantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso
do Sul. Foram 110kg em barras descobertos, na noite de quinta-feira(5),
na lataria de um veículo preparado para transportar a droga de forma
camuflada. O material foi avaliado em R$ 500 mil caso fosse preparado
para consumo. A ação ainda resultou na prisão de cinco homens, na Zona
Sul da cidade. Um deles, um empresário carioca, de 34 anos, teria vindo à
cidade para acertar a entrega e o pagamento do carregamento, que seria
do Paraguai e teria entrado no Brasil pela fronteira do Estado de Mato
Grosso do Sul. Um segundo preso da cidade de São Paulo agia como "mula" e
é suspeito de ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta
é a segunda vez que tóxicos apreendidos no município têm relação com a
facção paulista, apontando que Juiz de Fora está na rota dos esquemas de
comércio ilegal de entorpecente. Entre os outros três flagrados estavam
dois homens que trabalhavam como segurança do empresário e mais um da
cidade de Campo Grande (MS), que também fazia parte da negociação. Todos
foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas, tráfico de drogas
interestadual e associação para o tráfico, sendo encaminhados ao Ceresp.
Com os envolvidos, foram apreendidos ainda um veículo Pajero, com placa
de São Paulo, orçado em cerca de R$ 150 mil, um Kadett, de São João de
Meriti (RJ) e uma caminhonete Montana, de Uberaba, que estava carregada
com a maconha e foi localizada no estacionamento de um supermercado, na
Zona Norte, além de R$ 2.000. Os nomes dos envolvidos não foram
divulgados pela polícia.
A investigação que resultou na prisão e apreensão da maconha faz parte da operação "Caminho novo II", trabalho que a PF tem realizado na cidade e região, com objetivo de combater a venda de drogas e identificar rotas e quadrilhas que usam Juiz de Fora como ponto de abastecimento. De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal, Cláudio Dornelas, desde a última quarta-feira, policiais monitoravam a movimentação do grupo até que, na noite de quinta, receberam a informação de que eles estariam em um shopping da Zona Sul, com a finalidade de acertar os detalhes finais da transação. Os suspeitos foram presos já fora do estabelecimento, quando tentaram fugir. Foi preciso uma viatura policial servir de obstáculo para impedir a fuga, ocasionando uma colisão. "É um grupo organizado que não escolhe Juiz de Fora pela primeira vez como rota de transporte de drogas para o Rio, para onde grande parte da maconha era destinada", disse Dornelas, acrescentando que uma parte do carregamento ficaria no município. Conforme a PF, em quase um mês, oito traficantes foram presos em função da operação "Caminho novo". "Nosso maior objetivo é pegar quem financia os grandes esquemas", ressaltou o delegado, acrescentando que o empresário carioca detém um enorme patrimônio, incluindo uma fazenda de produção de eucalipto na região de Juiz de Fora.
Ainda segundo ele, será investigada a relação do preso que veio de São Paulo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma vez que ele atuava como "mula" e poderia manter ligação com uma das ramificações da facção, que domina o tráfico de drogas, em São Paulo, e busca forças para atuar em outros estados. No último dia 25, a Polícia Civil divulgou que investiga a ligação do PCC com o comércio de drogas em Juiz de Fora. Na ocasião, foram apreendidos mais de 30kg de maconha e meio quilo de crack. Uma mulher, 24, e um homem, 25, foram presos. Um garoto, 15, uma adolescente paulistana, 16, que estava sendo usada pela quadrilha como "mula", foram apreendidos. Para o delegado Cláudio Dornelas, em função de o município ser atravessado pela BR-040, ele é considerado importante trajeto para o escoamento de entorpecente.
A investigação que resultou na prisão e apreensão da maconha faz parte da operação "Caminho novo II", trabalho que a PF tem realizado na cidade e região, com objetivo de combater a venda de drogas e identificar rotas e quadrilhas que usam Juiz de Fora como ponto de abastecimento. De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal, Cláudio Dornelas, desde a última quarta-feira, policiais monitoravam a movimentação do grupo até que, na noite de quinta, receberam a informação de que eles estariam em um shopping da Zona Sul, com a finalidade de acertar os detalhes finais da transação. Os suspeitos foram presos já fora do estabelecimento, quando tentaram fugir. Foi preciso uma viatura policial servir de obstáculo para impedir a fuga, ocasionando uma colisão. "É um grupo organizado que não escolhe Juiz de Fora pela primeira vez como rota de transporte de drogas para o Rio, para onde grande parte da maconha era destinada", disse Dornelas, acrescentando que uma parte do carregamento ficaria no município. Conforme a PF, em quase um mês, oito traficantes foram presos em função da operação "Caminho novo". "Nosso maior objetivo é pegar quem financia os grandes esquemas", ressaltou o delegado, acrescentando que o empresário carioca detém um enorme patrimônio, incluindo uma fazenda de produção de eucalipto na região de Juiz de Fora.
Investigações vão apontar relação com PCC
Conforme o delegado da Polícia Federal, Humberto Brandão, que também é coordenador da ação, estão sendo mapeadas todas as rotas de transporte de drogas na região. "Juiz de Fora se transformou em caminho para outras cidades e ponto de distribuição. Estamos atentos e vamos acabar com qualquer esquema que tente se instalar aqui. Para isso, vamos contar com o apoio das polícias Militar e Civil e, inclusive, com o canil do Ceresp, que, na quinta-feira, nos ajudou a encontrar a droga", disse Humberto, completando que 80% da maconha que entra no Brasil é originária do Paraguai, utilizando a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, como porta de acesso.
Ainda segundo ele, será investigada a relação do preso que veio de São Paulo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma vez que ele atuava como "mula" e poderia manter ligação com uma das ramificações da facção, que domina o tráfico de drogas, em São Paulo, e busca forças para atuar em outros estados. No último dia 25, a Polícia Civil divulgou que investiga a ligação do PCC com o comércio de drogas em Juiz de Fora. Na ocasião, foram apreendidos mais de 30kg de maconha e meio quilo de crack. Uma mulher, 24, e um homem, 25, foram presos. Um garoto, 15, uma adolescente paulistana, 16, que estava sendo usada pela quadrilha como "mula", foram apreendidos. Para o delegado Cláudio Dornelas, em função de o município ser atravessado pela BR-040, ele é considerado importante trajeto para o escoamento de entorpecente.
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