quarta-feira, 25 de julho de 2012

Funcionário público sofre sequestro-relâmpago no Centro

Homem foi rendido por 3 homens em plena Rua Santo Antônio e obrigado a dirigir até sua casa, onde os bandidos renderam sua família e o obrigaram a fazer um cheque de R$ 350 mil

Por Marcos Araújo
*Atualizada às 21h35
Um auditor fiscal do Ministério do Trabalho, de 58 anos, foi vítima de um sequestro-relâmpago, por volta das 13h30 desta terça-feira (24), no Centro de Juiz de Fora. Abordada por três homens armados, a vítima foi levada, no próprio veículo, para sua casa, em um condomínio fechado, na Cidade Alta, onde toda a sua família e duas empregadas foram rendidas, ameaçadas, amarradas e amordaçadas. Depois do crime, os bandidos fugiram com um cheque de R$ 350 mil, valor que teria sido pedido como resgate. O crime mobilizou as polícias Federal, Civil e Militar. O Núcleo de Ações Operacionais (Naop) da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. O suspeito de ser o mandante do sequestro foi preso no município de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no final da tarde desta terça, pela Polícia Civil. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, ele foi autuado em flagrante pelo crime de sequestro. O detido e todos os procedimentos realizados naquela cidade serão conduzidos para Juiz de Fora. Até o final desta edição, a vítima e todas as pessoas que estavam na residência aguardavam na delegacia, em Santa Terezinha, para prestarem depoimentos.
Na presença da delegada Sheila Oliveira, titular do Naop, que esteve no local, o auditor contou que se dirigia a um estacionamento, na Rua Santo Antônio, Centro, por volta das 13h30, quando foi abordado pelos criminosos, armados de uma pistola e um revólver. Conforme o funcionário público, depois de entrarem no seu veículo, um Focus, o trio ordenou que a vítima seguisse para a sua casa. "Quando chegamos à cancela do condomínio, pediram para que eu fizesse apenas um sinal para o porteiro, de modo que passamos despercebidos até chegarmos na minha casa", contou o auditor. Na residência, os sequestradores renderam o fiscal, sua esposa, seus três filhos, sendo um deles policial federal, e duas empregadas. "Todos nós fomos amarrados com fitas adesivas e amordaçados em um dos aposentos. Meu pai foi levado para o escritório, onde foi obrigado a fazer uma transferência on-line, no valor de R$ 350 mil, mas, como o valor ultrapassa o limite diário, foi feita uma transferência de R$ 5 mil. Eles obrigaram meu pai a preencher um cheque cruzado no valor de R$ 350 mil e, de posse do cheque, ordenaram que meu pai os levassem de carro até o Centro, onde deixaram o veículo e fugiram", contou o estudante de 22 anos, que deu graças a Deus por ninguém ter saído ferido.

Na residência
Os bandidos teriam permanecido no interior da residência por um período de 30 a 40 minutos. Ainda de acordo com a vítima, foi uma sorte os criminosos não terem percebido a carteira de policial do filho, pois, do contrário, o desfecho do caso poderia ser uma tragédia. Ele ainda apontou que, quando não foi possível fazer o valor da transferência exigido, um dos sequestradores teria usado o celular para falar com alguém, que passou orientações sobre como o trio deveria agir. De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal, Cláudio Dornelas, será investigado se a ocorrência do crime teria alguma relação com as profissões exercidas tanto pelo auditor quanto por seu filho, que é policial federal. Dornelas também comentou que, ao serem acionados para a ocorrência, os policiais federais ainda não tinham consciência sobre a gravidade dos fatos. "Somente quando chegamos no local, percebemos o perigo que esta família passou, sendo ameaçada de morte por três bandidos dentro da própria casa."
FONTE: TRIBUNA DE MINAS
 

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